Energia Solar: Alternativa Sustentável
Aproveite a luz do sol para reduzir custos e emissões de carbono.
Panorama Atual da Energia Solar no Brasil – 2025
Resumo executivo: a geração fotovoltaica ultrapassou 35 GW de capacidade instalada em março / 2025, consolidando-se como a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, atrás apenas das hidrelétricas. A combinação de redução de custos, incentivos regulatórios e crescente consciência ambiental segue impulsionando o setor.
1. Evolução Histórica
Entre 2012 e 2025 o custo médio dos módulos caiu cerca de 82 %, enquanto o fator de capacidade aumentou 15 % graças a melhorias em células PERC, TOPCon e, mais recentemente, perovskitas em tandem. Esse avanço, somado ao Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022) e às linhas de crédito do BNDES, viabilizou a popularização da microgeração residencial.
2. Benefícios Ambientais e Sociais
Cada megawatt-hora gerado por fonte solar evita em média 0,6 t de CO₂ quando comparado à térmica a gás. Em 2024, a energia solar brasileira evitou a emissão de 12 Mt de CO₂, equivalente a plantar 85 milhões de árvores. No âmbito social, o setor já emprega mais de 240 mil pessoas em instalação, O&M e cadeia produtiva, segundo a ABSOLAR.
3. Economia para o Consumidor
Com tarifa média de R$ 0,92/kWh e sistema de 5 kWp instalado por cerca de R$ 22 mil, o payback típico para residências gira entre 3,8 e 5,2 anos, variando por radiação local e tarifas. A taxa interna de retorno (TIR) real fica acima de 17 % a.a., superando CDB, Tesouro IPCA e até alguns FIIs.
4. Regulação e Tributação
A Lei 14.300 garante isenção de encargos até 2045 para sistemas conectados até janeiro / 2029, mas impõe escalonamento da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD Fio B) a partir de 2026 (15 % ao ano). Estados como Minas Gerais e São Paulo já adotam alíquota zero de ICMS sobre créditos de energia compensada, enquanto outros ainda discutem ajustes.
5. Tendências Tecnológicas
- Armazenamento híbrido: baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) caíram 38 % em custo desde 2020, viabilizando sistemas on-grid com backup.
- Microinversores 3G+ com comunicação Wi-Fi 6 reduzem falhas de monitoramento em 27 %.
- Telhas solares chegam a 19 % de eficiência e começam a aparecer em condomínios de alto padrão.
6. Riscos e Desafios
O principal risco de curto prazo é a saturação de circuitos de média tensão em regiões com alta penetração de GD, exigindo reforço de redes e possível imposição de limite por transformador. Outro desafio é a cadeia logística: 76 % dos módulos ainda vêm da Ásia, sujeitando importadores a variações cambiais e gargalos portuários.
7. Perspectivas para 2030
Projeções da EPE indicam potencial de 75 GW instalados até 2030, com participação de 17 % na matriz. Políticas de hidrogênio verde devem demandar novas usinas solares dedicadas, especialmente no Nordeste, onde fatores de capacidade chegam a 24 %.
Conclusão
A energia solar já deixou de ser promessa e se tornou pilar estratégico na transição energética brasileira. A combinação de payback atraente, impacto ambiental positivo e amadurecimento regulatório deve manter a tendência de crescimento robusto – mesmo que o setor precise enfrentar desafios de infraestrutura e fornecimento.